a saudade tem várias faces. uma fonte inesgotável que não pára, por mais que a gente queira. tem aquela saudade que dói lá no fundo: uma dor fina, parece que peito vai ficando pequeno e apertado demais para um sentimento tão grande.
tem aquela saudade gostosa que chega sem querer, sem avisar e de repente você fecha os olhos e o sorriso brota nos lábios quase que inconsciente.
tem a saudade infinita de alguém querido que se foi. a saudade finita por alguém que nem deveria ter aparecido.
a saudade que vem através de um cheiro...essa invade todo o corpo e deixa a gente até sem forças. inerte. parado no tempo e no espaço.
tem a saudade de um tempo, uma ação, um sorriso, um gosto. um olhar, um beijo, um abraço. um afago: sensações indescritíveis que fazem a vida realmente interessante.
e a saudade do que não aconteceu? do que deixamos de viver? dos momentos que não foram compartilhados? ah! essa é uma das piores, porque não existe um fato concreto para ser alvo da saudade, mas sim, a possibilidade de ter acontecido.
não tem jeito. não adianta fugir. de uma forma ou de outra, ela mora ali, num cantinho. e vai seguir sempre. aonde quer que se vá.
julho 31, 2008
julho 16, 2008
caso de polícia?
"polícia para quem precisa de polícia". quem precisa dessa polícia que atira para todos os lados e termina mirando em inocentes? viramos uma mira fácil diante de tanta incompetência. de fato, para fazer conjunto com o cinto de segurança, as concessionárias de automóveis deviam oferecer também coletes à prova de bala como item de série.
tenho vergonha da criança joão, que teve sua vida interrompida de forma tão estúpida.
peço desculpas a tantos outros que morreram sem que tomássemos conhecimento.
impotência.
tristeza.
revolta.
esses sentimentos se misturam.
de qualquer forma, cuidado: se um carro da polícia se aproximar, dê passagem, mas não esqueça que eles podem estar perserguindo você. [ ou a mim ]
tenho vergonha da criança joão, que teve sua vida interrompida de forma tão estúpida.
peço desculpas a tantos outros que morreram sem que tomássemos conhecimento.
impotência.
tristeza.
revolta.
esses sentimentos se misturam.
de qualquer forma, cuidado: se um carro da polícia se aproximar, dê passagem, mas não esqueça que eles podem estar perserguindo você. [ ou a mim ]
julho 10, 2008
sem fim
quando tudo parece ser um buraco, pode ter certeza: o é.
não tem fundo. não tem lado. não tem dimensão exata. é imenso. consome. incomoda. no mais, a intensa certeza de que também é possível encher esse buraco seja de vento, de areia, de luz, de sentimento [ de preferência alegre ], de música, de gozo, de amor, de força e de coragem, de resistência.
e quando o buraco estiver bem cheiro - transbordando - ele imediatamente vai estar vazio, porque a insatisfação e o querer mais fazem parte do todo. e parte de mim.
não tem fundo. não tem lado. não tem dimensão exata. é imenso. consome. incomoda. no mais, a intensa certeza de que também é possível encher esse buraco seja de vento, de areia, de luz, de sentimento [ de preferência alegre ], de música, de gozo, de amor, de força e de coragem, de resistência.
e quando o buraco estiver bem cheiro - transbordando - ele imediatamente vai estar vazio, porque a insatisfação e o querer mais fazem parte do todo. e parte de mim.
julho 08, 2008
liberdade
há tempos não pensava nisso: liberdade. quando vi Ingrid em todos os veículos de comunicação me deparei com uma realidade que me parecia tão distante. era uma mulher privada de tudo [ e de todos ]. por alguns momentos tentei me colocar no lugar dela, não fui suficientemente corajosa. um contexto complexo que tento, a todo custo, entender.
agora, sinto a palavra liberdade correndo forte dentro de mim. para fora de mim. nos dedos que teclam sem nenhuma censura ou impedimento. no sorriso que posso dar a qualquer momento. nas lágrimas que posso deixar cair sem questionamentos. no dormir. no acordar.
no simples ir e vir.
penso, principalmente, no que fazer com a imensa responsabilidade de ser LIVRE.
agora, sinto a palavra liberdade correndo forte dentro de mim. para fora de mim. nos dedos que teclam sem nenhuma censura ou impedimento. no sorriso que posso dar a qualquer momento. nas lágrimas que posso deixar cair sem questionamentos. no dormir. no acordar.
no simples ir e vir.
penso, principalmente, no que fazer com a imensa responsabilidade de ser LIVRE.
julho 05, 2008
de tudo um tanto
sempre pensei que seria assim: um dia os escritos iam sair do velho caderno para cair na rede. um movimento natural como acordar e levantar. de tudo um tanto é o meu olhar sobre as coisas. sem restrições [ às vezes sem noção ] . vamos ver no que vai dar.
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