poesia

estou cada vez mais imensa em um mundo novo. feito de letras. de palavras. de sentimentos.
os versos caem em minhas mãos de paraquedas. mas pousam suave no meu coração. uma quimera infinita de tentar transcrever o mundo para o papel.
a poesia está se desvendando através de tiago de mello. cecília meireles. cora coralina. paulo jose cunha. drumond. vinícius de moraes. pablo neruda. clarice lispector e tantos outros que estão se chegando - aos poucos - para junto [dentro ] de mim.

noite escura

palavras pouquinhas.
densas.
profundas.
roubadas de neruda numa noite escura.


Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.
há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.

Pablo Neruda

a música que toca

a música em mim tem efeito mágico. um remédio que não é amargo, mas que cura de forma quase imediata. me deixo envolver pela melodia. pela letra. pela emoção e quando vejo já estou entoando versos musicados com tamanha intensidade.
às vezes - de forma insana, me transformo em co-autora, já que naquela canção está tudo que queria ter dito, ou melhor, escrito e cantado. me torno um pouco dona de algo que está aí para quem quiser tomar posse - e quantos não o fazem.
penso nos sentimentos que fizeram nascer aquelas palavras....aquelas notas.... serão verdadeiros ou foram colocados no papal só pra rima ficar mais bonita? no fundo pouco importa, afinal as músicas não estão ali para serem dissecadas e seus autores muito menos.
os versos cantados existem para para tocar.
e eles tocam,
fundo em mim.